1 de maio de 2009
The way of the future. The way of the future. The way of the future... e por aí vai.
Depois de sofrer pra caralho com o porra do Blogger que primeiro boicotou os sites que ainda usavam modelo clássico e que agora simplesmente não aceita em nenhum dos modelos XHTML dele que a gente escola a cor dos nossos links em vermelho (Olha aí do lado o azul ridículo internet of the 90's), eu decreto fim ao Gore Bahia no blogger. Fica aqui o banco de dados do que foi, começa uma nova mutilação em link novo.
O BLOG DE HOJE EM DIANTE É
http://gorebahia.wordpress.com/
Ainda em fase de processamento, mas vai rolar uma ajustada.
Aproveitando, criei um Twitter do GB, que está anexado no Wordpress como Widget. Como às vezes assisto muita coisa, penso muita coisa, navego e descubro muita coisa, mas não tenho sempre o saco de digitar lixo pro blog, valem os 140 caracteres.
O TWITTER DE HOJE EM DIANTE É
http://twitter.com/gorebahia
É isso. Eu tentei, mas o XHTML me venceu! Sem links vermelhos, o GB não vive. É tipo ficar sem sangue nas veias.
Falou,
Saul Mendez para o Gore Bahia 01/05/2009
10 de abril de 2009
Pra gastar uma grana.
Tem coisa que dá vontade de gastar, no caso em específico achei uns brinquedinhos muito escrotos pra enfeitar o ambiente... tem Chucky e a guria de O Exorcista que balançam a cabeça igual aqueles cachorros de colar no carro, o que é bem interessante pra dar carona e a galera achar que você é psico. Isso se você tiver carro, porque se você for um fudido como eu, no máximo você cola de cabeça pra baixo pra dar uns murrinhos quando passar pela porta do quarto, usando de saquinho de boxe.
Uma que funciona tanto pra quem tem carro quanto pra quem não tem é o chaveiro com a máscara do Jason Vorhees, embora atrapalhe ao assustar as mocinhas quando for abrir a porta do apartamento, se é que me entendem, porque elas podem duvidar do equilíbrio das suas intenções [Norman Bates diz].
Curti também: um clássico boneco do filme The Thing, com a cabeça-aranha da cena da cirurgia; Um boneco bem caricaturado do Leatherface; Um pacote que vem com Jason, Freddy, e Leatherface, que trio!; O capt. Spaulding, vestido a caráter, no clima do trem fantasma de House of 1000 Corpses, fazendo presença na lista dos bonecos do horror moderno.
More stuff em: http://www.bigbadtoystore.com
Saul Mendez para o Gore Bahia 10/04/2009
31 de março de 2009
Glossário GB (Parte I)
A
Argento = Selo de qualidade. Capa preta, chapéu, luvas e habilidade com lâminas.
Asia Argento = Putinha (com selo de qualidade).
Antropofagia = Se alimentar do outro. Sinônimo: Brian de Palma, Ruggero Deodatto.
Ataque dos Vermes Malditos = Cinema em Casa.
Artaud = Gaspar Noé.
B
Bela (Lugosi) = Habilidade com as mãos, técnica no uso de torniquete. “Pull the strings! Pull the strings!”
Bava = Teoria das cores.
Busty Bitch = Espécime presente em todo slasher movie. Geralmente loira.
Barbarella = Variação da Busty Bitch com adereços visuais espalhafatosos.
Bathory = Banho rejuvenescedor.
Batman = Deus.
C
Canibal = Antropófago. The Oscar goes to Brian de Palma and Quentin Tarantino.
Cronenberg = Selo de qualidade. Vida longa à nova carne!
Coringa = Ledger vs. Nicholson.
Cujo = Animal doméstico carinhoso e de tratamento delicado.
Carmilla = Sanguessuga lésbica.
Corvo = Maquiagem de pierrot.
Chigurh = Cabelinho.
D
Dolabella = Playboy psico. Espanca as menininhas e carrega uma maleta cheia de armamento marginal. Do adjetivo: Rede Globo.
Deodatto = Lista negra do IBAMA.
Daredevil = Jatobá da Marvel, prêmio HQ com narração em off.
Demons = Oscar da maquiagem italiana.
Doom = Texas Chainsaw Massacre 3D
To be continued...
30 de março de 2009
Modernidades de Assustar (Parte II)
Refilmagem é um lixo e prova como holywood tá mergulhada na merda da falta de cérebro. Se ainda fosse uma falta de cérebro à là William Castle, eu ia adorar, mas é falta de cérebro à là APAE.
Fora as refilmagens de material americano como The Hills Have Eyes, Texas Chainsaw Massacre e Amityville, temos também as refilmagens de filmes orientais, como The Eye, The Grudge, The Ring. E vem mais aí, muito mais. Em breve, Let The Right One In (completamente desnecessário) e Last House on the Left (completamente desnecessário too).
iiiiuuu, se fudeu com o mascarado!
Marcus Nispel, eu acreditava em você... depois da refilmagem de TCM, que não foi exatamente uma obra de arte mas que foi uma modernização plausível, considerável, respeitosa com o original, e divertiu bastante... porra, a refilmagem de Friday 13th foi uma merda! Eu queria me divertir no cinema, mas só consegui fazer isso com a abertura do filme, que é uma chacina legal. Mas o filme no geral é fraco, tem as mortes mais broxantes - de curta duração e pouco impacto, feito pro rating ser leve. A produção com o selo Michael Bay é legal, claro, visual bom, mas roteiro perdido e atores insossos. Lembra a chatice de alguns episódios da série que eu nem consegui assistir, mas sem charme. Jason é um brutamontes mais bobão do que em outros filmes, não fode nem sai de cima. O flashback dos créditos iniciais é uma bosta, falaram bem em algum blog que li, mas é uma BOSTA que faz perder a graça de assistir o filme contando em takes curtos todo o charme da história do pobre Jason. No entanto, após a abertura semi-legal (que tem as melhores cenas do filme mesmo sendo SEMI-legal), ainda tem algumas coisas muito boas: o assassinato da lancha, mostrando que Jason-boy é craque no arco-e-flecha (aqui, alguma luz surge, o céu abre, pensamos: o filme vai ficar MUITO bom. Mas é ilusão); A cena
Lactopurga filho da puta...
Ressalva pra Alexandre Aja, que filmou a adaptação de uma projeção oriental pouco conhecida neste continente: Mirrors. Filme idiota também, bem naquele estilo DarkWater-JuOn-Ringu, mas em comparação com as peripécias de Nispel, agrada mais. Aja sabe criar o clima, claro, em muitas cenas, sempre com seu companheiro screenplayer, o mesmo de The Hills Have Eyes. O filme não é bom, mas acerta muitas vezes. As seqüências na construção que Jack Bauer fiscaliza são climáticas, visual regado de boas sacadas, com bons efeitos especiais. No entanto, algumas coisas matam: Primeiro, o argumento é bem idiota, bem idiota mesmo. A figura mata através dos espelhos, quase a idiotice de Samara matando através da TV. Mas isso a gente releva porque é cinema fantástico... embora da forma que o roteiro foi seguindo o tema, não me deixou muito feliz. Foi bem da forma investigativa desses filmes orientais, faltou personalidade. Segundo, a atuação da esposa do Jack Bauer no filme... caralhooooo, dá o Oscar pra ela. Dá agora. Terceiro, pode passar incompreendido, ou simplesmente destoar do resto do filme... mas Aja solta a mão no final e deixa rolar uma verdadeira leva de cenas recém saídas da máquina do tempo, no maior climão oitentista – parece até que trocaram o rolo de filme e colocaram Seres Rastejantes pra passar. Eu curti (claro!) – mas sei que tudo isso é um tipo de exagero que destoa do geral, desagradando quem estava gostando dos rumos comuns da refilmagem “Ringu”. O ponto mais alto do filme, lembrando aqui de seres Rastejantes, está em uma seqüência na banheira que é coisa das mais incríveis dos últimos filmes que vi. Fico até cheio de felicidade de lembrar dessa cena, sério mesmo.
E falando em legal, as picaretadas 3D de Harry Warden
Quando vi em um certo blog uma crítica falando super mal da seqüência de sexo na refilmagem de Friday 13th, falando assim que a câmera era muito invasiva, que filmava o peito balançando, etc etc. E eu me empolguei, porque cena de sexo TEM que ser invasiva, tem que ser prolongada, assim como eu quero rir quando vou ver um filme, assim como quero ter medo, também quero que, quando role um sexo, eu sinta uma ereção legal também... cinema é cultura! Pior que quando assisti, achei fraca demais a tal da cena. Nada do que falaram no blog, ao qual não freqüentarei mais. Um pouco mais sobre as cenas de sexo My Bloody Valentine 3D/Friday 13th – está comprovado que os filmes gostam de colocar a mulher por cima. Nenhum dos dois mostra uma posiçãozinha diferente, é sempre a cavalcatta. Mas convenhamos que
Voltando, o filme tem energia, ao mesmo tempo que parece que a gente tá assistindo um filme no SuperCine pela baixa qualidade. Os atores desconhecidos estão melhores que Jack bauer em Mirrors, ou que qualquer playboy da refilmagem de Nispel. Enfim, uma refilmagem ridícula e que não tem nada a ver com o original, um puro desrespeito escroto, uma sacanagem, mas uma interessante montanha-russa no cinema. Curti. Harry Warden forever brutal, comprovando que tem lixo que vale a pena.
Saul Mendez para o Gore Bahia 30/03/09
Modernidades de Assustar (Parte I)
Não é brincadeira, o gênero não andou trazendo coisa legal, a produção independente cresce, na França e Inglaterra principalmente, mas coisa boa tá em falta. Coisa sangrenta tem, bastante, mas tem gente que esquece que não é só de gosma e corante que se faz um bom filme.
Quando o texto é bom, temos algumas surpresas: O caso de Midnight Meat Train, baseado em um conto de Clive Barker, tem belíssimas cenas de assassinato, e consegue prender bem. As marteladas são impactantes, a maioria das cenas dentro do metrô são bem legais, mas como é de se esperar em um texto de Barker, o link entre o oculto e o homem-cego-moderno (que irônicamente é, no filme, um personagem fotógrafo que busca a alma da cidade através do olhar) acaba estragando no final boa parte do que poderia ter sido poupado dos olhos e do conhecimento do espectador. Mas o filme tem um charme inesperado, que só um texto bem escolhido de Barker poderia trazer. Se você conseguir esquecer os últimos minutos de filme, vai relembrar este aqui como uma boa experiência.
Enfim, isso é pra mostrar que a melhor produção do gênero ainda se apóia na boa e velha literatura, a fonte original do nascimento do verdadeiro Horror pós-narrativas-folclóricas-ao-redor-da-fogueira. Let The Right One In, que citei lá em cima, também veio inicialmente das páginas de um livro.
Mas só porque eu to lembrando disso aqui no blog, não me venham falar de Crepúsculo, que aqui a gente não lida com Harry Potter.
Saul Mendez para o Gore Bahia 30/03/2009