20 de agosto de 2008

5 de junho de 2008

King Mist

Quando eu era moleque eu adorava assistir qualquer filme baseado em Stephen King que passasse na tv, e tive bons momentos juvenis vendo Christine, Pet Sematary, Silver Bullet, e também algumas miniséries inspiradas nas obras do cara. Eu até batia cabeça ouvindo Ramones cantando “I don’t wanna be buried/in a pet semataaary/ I don’t want to live my life agaaain/woo-oow”(8). Demorou até eu perceber o estilo noveleta repetitivo e a péssima direção das adaptações. O mais perto da perfeição a que chegamos nas tais versões cinematográficas de King veio, claro, das mãos de Kubrick com The Shining, e não de forma menos estilosa também através de um Brian dePalma pungente, em Carrie.

[digo o MAIS PERTO da perfeição porque – matem-me os fãs de Kubrick, mas é verdade – a cena de Nicholson congelado com a cabeça pra fora da neve e os olhos vesgos é hilária e sem noção. É uma piadinha desnecessária, fala sério, com certeza].

Então, também não podemos esquecer de um filme quase biográfico sobre a infância do próprio Stephen King, e que é pra mim o maior clássico da sessão da tarde – Stand By Me. É o filme juvenil e mais adulto(?), e o mais interessante e mais sessão da tarde(??) que eu já vi. Essa dualidade toda se deve ao diretor Rob Reiner, de Misery(1990) e também a River Phoenix e Jack Bauer, claro! Hahaha... minha vida não seria a mesma sem assistir ao vomitódromo de tortas criado pelo gordinho contador de histórias macabras (personagem que faz alusão à própria capacidade “big fish” de King) e às clássicas cenas da fuga do trem (quase um “a ponte do rio que cai” do Faustão) e da sanguessuga dentro da cueca (essa é de chorar).


A dura realidade é que Stephen King não tem o dom da literatura. Até Jorge Amado tem mais manha de vez em quando (analisando Quincas Berro D’água e Os Velhos Marinheiros), e não é errado fazer uma comparação dessas porque os dois atuam no mesmo âmbito – as novelas. King é um autor muito preso à sua forma característica de pescador contador de histórias, e é inegável que seu trabalho não é daqueles que se tornam imortais por seu valor literário (como no caso de um Alexandre Dumas) , mas ele é bom no que faz – uma literatura de bolso, leitura de lazer – e, pelo conjunto da obra, merece um destaque enorme na cultura de todos nós crescidos ao longo das décadas de 80/90. Sua influência em nossas vidas é tão inegável quanto um Night of The Living Dead. Diríamos, em alguns casos, muito mais pela habilidade mesma do diretor (a imagem gasta do rosto de Nicholson em meio à porta quebrada a machadadas), mas em muitos outros casos - onde o filme não vale muito mais que um dvd de 9,90 - ainda assim se tornam inesquecíveis, porque são boas idéias. Ele escreve mal, mas ele tem uma criatividade de valor. Mais que alguns pop’s de ultimamente né, Dan Brown?


“Uma das” obras citadas como cult raridade de King é o Tripulação de Esqueletos, coletânea de contos onde (dizem os fãs) está só “a nata” do autor. Que eu me lembre, eu li apenas um conto. Nada mal, sério. É justamente o clima de acampamento, rodinha em torno da fogueira, BOOO!! Rsrs, mas bem melhor, por serem contos. O blábláblá que recheia os livros de King em taaaantas mas tantas páginas vazias, é deixado de lado e a gente vai direto ao ponto. O chato no final das contas é que TODO ROMANCE DE KING É UM CONTO, com moral e etc, só que ele vai enchendo lingüiça pelo meio do caminho. É como tentar ler “A Queda da Casa de Usher” de Poe se ele tivesse 600 páginas, sendo que o que vale a pena da história realmente está em 8. Poderíamos dizer isso de muitos outros livros, inclusive da literatura mundial, mas não é o caso, visto que, por exemplo, apesar de poder ser reduzido a um conto, “Crime e Castigo” possui muito conteúdo valoroso ao longo de suas trocentas páginas. Não podemos dizer o mesmo das literaturas fast-food de hoje. Noveletas fast-food, pffff.

The Mist” é um conto estendido que, pelo que eu saiba, fazia parte dessa coletânea. Ele tem 130 páginas neste PDF (está em português-BR mas eu não tive coragem de parar pra ler 130 páginas), e é sobre a adaptação dele que eu vou falar agora, depois do lenga-lenga ;D

Dirigido por Frank Darabont, o mesmo de “Um Sonho de Liberdade”, outra adaptação de Stephen King (interessantes essas histórias que ele escreve sobre presos... lembram de The Green Mile?... rs... tosco...). Começo dizendo que o Darabont é o cara. Se fossem escolher o diretor mais apto a levar qualquer texto de King pras telas, seria ele. Pronto, já dei minha opinião dizendo isso!


O filme começa da mesma forma que qualquer noveleta com tendência a se focar nos personagens, mas tudo é feito sem mais enrolação, dentro de 15 minutos você irá ver toda a galera da cidade (com várias pessoas que se odeiam, evangélicos, advogados, mecênicos, caixas de supermercado, crianças e hippies com cara de Hard Rock, militares) presos no mesmo supermarket. É a arte de aglomerar arquétipos no mesmo ambiente. E funciona, quando bem orquestrado, sem parecer superficial e meia-boca (mesmo sendo!). O grande problema é que, até esse momento, você ainda pensa que o filme vai ser um thriller mais psicológico. Até uma cena “in the basement” onde um grupo de homens luta contra uns tentáculos carnívoros que farejam e gostam de estourar sacos de ração – traduzindo: achei a cena ridícula. Mas de alguma forma haveria de ter esse impacto pra que o resto do filme se desenvolvesse. E se desenvolve superbem, com um misto de terror, ação e ficção científica. Os efeitos são ótimos; a direção é realizada com maestria, é o tipo de filme que você pensa “queria ter visto isso no cinema”, porque você sabe que pularia da cadeira em alguns momentos, ou que ficaria segurando com força o apoio de braço, ou morderia sem parar o canudinho. O melhor é que Darabont não tem piedade – e nem pode ter, pra levar a cabo o final do filme.

Quem tem bom humor (negro) saiu do cinema rindo a lot, nisso acredito. Quem não, deve ter chorado.


As melhores cenas são coordenadas pela atuação de Marcia Gay Harden, como a evangélica psicótica, o que encaminha o filme pelas veredas de um Lord of The Flies e tira vantagem de uma mesma temática “religião e fanatismo” abordada antes por Silent Hill (o que no caso deste outro só arruinou ainda mais o filme, que tinha começado até bem... mas convenhamos, fez melhor que qualquer outra adaptação de games). São seqüências que prendem o espectador de uma forma que só o Darabont conseguiria, tendo um texto de King para adaptar. Após o grande recheio do filme, que se passa no supermercado, passamos a um momento que me fez apreciar ainda mais a minha sessão pipoca – o surrealismo do cenário da “névoa” é deslumbrante. Começo a criar uma teoria de que, por vezes, a computação gráfica consegue substituir bem o uso de drogas.

Não sei se vocês devem ler o conto (eu mesmo não li). Mas vejam o filme. Se eu tivesse que dar uma nota ela estaria entre uma sessão da tarde, uma boa noite de sexo prolongado, e um fumo amargo.


por Saul Mendez | 05.06.2008

23 de maio de 2008

Câmera, zumbis, ação!


Dois filmes, dois contextos um tanto semelhantes. Nas discussões sobre o vídeo-documento e sobre o uso das novas tecnologias nômades e individuais de vídeo (onde entram celulares, portable multiplayers e tantos outros aparatos que convergem milhares de utilitários), estes filmes se inserem em uma veia sanguínea diferente e que estava um tanto batida: a dos mortos-vivos.
A intenção é muito mais a de "dar vida aos mortos", sendo que há tempos não se faz um bom filme com os coitados. Romero sob o controle de uma grande produtora derrapou bonito em "Land of the Dead", e Diary of the Dead seria sua retomada ao climão dos anteriores, sendo que o último da trilogia já pedia fôlego renovado. Já o REC, produzido pela espanhola Filmax (Brian Yuzna é um dos donos) e dirigido por Jaume Balagueró, parece que já foi refilmado (¬¬) pela Sony com o título de "Quarantine" (http://www.containthetruth.com/).

Não vou falar sobre a minha primeira impressão quanto ao trailer da refilmagem.

(por falar em vídeo-documento e handycams) Nem vou falar também de Cloverfield, perdoem-me os fãs de J.J. Abrams. Estamos aqui na área da necromancia, "para Godzilla digite 3".

Vou meramente citar alguns altos e baixos, comparando os dois filmes visto que ambos tratam de zumbis e ambos querem ser filmados com tecnologias (ou técnicas) amadoras de documentação videográfica.

Para começar, temos o filme espanhol. "Experimenta el Miedo" diz o cartaz, e é bem disso que se trata o filme. É bem na linha da "experiência" que ele se insere, sendo que ele poderia ser vendido (assim como o Cloverfield - shit, eu disse que não ia falar dele) como uma entrada pra montanha russa, ou pro barco viking.
Até quando fui capturar as stills ainda dei um pulo da cadeira e senti vontade de reassisti-lo.
O filme é basicamente uma "lost tape" (lembra de A Bruxa de Blair? ainda antes, voltando no tempo, lembra das sequências finais de Cannibal Holocaust? Então.) onde vemos uma repórter e seu cameraman filmando um programinha qualquer que vai acompanhar o plantão de uma equipe de bombeiros.
Ocorre um chamado, os bombeiros atendem, a repórter e o cameraman vão juntos e todo mundo fica preso no prédio com os moradores em uma espécie de quarentena (título da refilmagem completamente desnecessária, com um trailer ridículo - shit, eu disse que não ia falar o que eu achava. tsc). Isso depois de presenciar o ataque furioso de uma senhora gorda que tinha se alimentado de seus gatinhos.


O interessante é que a história, de um plot simples e de uma intenção mais simples ainda, se desenvolve incrivelmente bem, e até o que seriam sustos premeditados acabam assustando, porque o roteiro é realmente bem bolado. A simplicidade inicial flui em uma espécie de subida, a exemplo da própria "subida" realizada pelos personagens até chegar no assustador e escorregadio final no sótão. É, eu falei escorregadio. Mas não farei spoilers. Apesar disso, o final cumpre bem sua função ainda nos últimos minutos, que podem certamente fazer parte de alguns pesadelos dos seus próximos dias.


O uso da câmera aqui é realmente bem feito. Bem feito porque é mal-feito, e é simplesmente UMA câmera no ombro. Ou seja, é fiel à própria história, que prevê uma só câmera. É tremida porque é no ombro, e não existe nenhuma câmera fantasma aqui, nem trilha sonora. É a verdadeira "falsa lost tape". O filme é bem planejado, bem roteirizado, e surte efeito. Dei ponto pro diretor, e dei mais um ponto pra Filmax.

Não dou ponto nenhum pra Sony, pra Screen Gems, e pra refilmagem.

O ponto alto de REC é que ele realmente funciona bem. E isso é ao longo de toda sua duração, o contrário de outros semelhantes como A Bruxa de Blair, que deixa pra dar susto mesmo só no final. O uso da nightshot no final do filme me lembrou uma ótima sequência de The Descent, e é um final bastante perturbador, ver no cinema deve ter sido o máximo. Mas o ponto mais alto do filme pra mim fica na sequência do "exame de sangue" dos mortos-vivos, que o cameraman filma escondido por uma janelinha. É o ponto mais alto do filme.
O ponto baixo fica 1- pela superficialidade. A falha dessa franquia de "filmes lost tape" é que eles se apoiam em uma premissa, e partem pra funcionalidade. Apesar de neste caso o roteiro ser inteligentemente planejado, percebam isso como "brilhantemente calculado". O sopro de inteligência está todo na funcionabilidade da obra. E pra realizar uma "experiência do medo" eu acredito que não seja necessário abolir por completo o que poderia haver de conteúdo (vejamos Repulsion de Polanski). Então, 2- pela tentativa de explicar algo no final. E dar uma explicação fraca. Se você se atém à superficialidade o filme todo, e ele vai funcionando bem assim, não faça uma coisa dessas, não estrague. Em time que está ganhando não se mexe. A explicação foi até criativa, digamos "nova" no que diz respeito a um filme de mortos-vivos, mas não foi convincente.
Sem mais spoilers.

Vejamos agora o retorno de Romero!

"Viu como é? responder perguntas bobas enquanto gente morre ao seu redor? viu só como é?"

Romero é Romero. Ele erra muito mais, derrapa feio, faz breguice, mas ainda assim ele é Romero. No quesito conteúdo, não é preciso dizer que Diary of the Dead bate e muito em REC (mesmo sendo também, a seu modo, superficial, o filme toca em assuntos discutíveis - ao invés de não tocar em assunto nenhum), e no quesito "experiência", se arrisca mais, mas tembém erra muito mais. Em muitos aspectos, erra MUITO mesmo.
Ainda assim, é Romero. E é um filme que não se aprecia muito no "durante", mas no depois. No dia não me agradou, nem me desagradou, pelo menos não por muito. Em alguns momentos sim, nos erros mais grandiosos. Mas foi o tipo de filme que no dia seguinte não fugiu da minhe memória. E, relembrando algumas falas, percebi que talvez tivesse perdido de apreciar o filme da forma certa. E ainda apreciando como um filme de aventura (porque os filmes de mortos-vivos de Romero são, sim, filmes de aventura, pergunte a Robert Kirkman ou ao próprio Indiana Jones, que deve ter aprendido com ele) permaneceu na minha lembrança como uma história composta de elementos bem legais, mas que talvez funcionaria melhor em quadrinhos.


Romero tem uma visão muito mais ampla da sociedade e muito mais ampla da própria tecnologia. Ao invés de querer realizar um simples filme de "garotos de faculdade com uma câmera querendo filmar um curta", como previam as notícias pré-produção, e ao invés de se ater também à predução para a mídia televisiva (como no caso de REC) Romero atira na fogueira toda a parafernália de captação audiovisual, onde cada qual tem sua própria filmadora, celular ou aparato pronto para gravar em qualquer situação, distribuir de qualquer forma (captar via wireless imagens de uma câmera de segurança, jogar no youtube... coisa de porteiro tarado mesmo), ou seja, é uma visão muito mais ampla da sociedade e das mudanças que estão ocorrendo na mesma a partir do momento em que o audiovisual e o individualismo tecnológico são endeusados. A própria tagline é perfeita: "Shoot the dead" (a palavra shoot, ou "atirar", funciona nos EUA também para o ato de gravar com a câmera). Em alguns momentos, são geniais os jogos de câmera que são realizados, passando de handycam a DV, onde podemos ver uma alteração até nos formatos, de widescreen a fullscreen, a 320x240, e as mudanças de qualidade, ruido, etc. coisa de quem entende.
O resultado reflexivo do filme é ótimo, e muitas das idéias que Romero se arriscou a fazer ficaram legais. O triste é que provavelmente alguém vai pegar essas idéias, dar uma roupagem "holywood" e ganhar os louros sobre isso.

"Se a câmera não viu, não aconteceu, certo?"

Mas para por aí também.
A ingenuidade de Romero, além do seu conhecimento tecnológico e social, o atinge em cheio. Romero tenta usar a desculpa de uma "montagem pós-apocaliptica", onde a "narradora" editou o filme de seu namorado a partir das diversas imagens captadas. A desculpa esfarrapada é usada 1- pra justificar uma maldita narração em off, 2- pra justificar o uso de trilha sonora e cortes entre diversas câmeras. Não é preciso dizer que a trilha e a narração em off realmente fazem parte do 98% que atrapalha o bom funcionamento do filme né? Então.
Alguém precisa explicar pra Romero que seu filme Martin (1977) é grandioso porque teve longas sequências sem trilha, sem fala, onde a edição funcionava e tudo se interligava naturalmente. Eisenstein não precisou de narração em off!! quem precisa? Os primeiros 20 minutos de Night of the Living Dead tem o impacto que tem porque não tem narração, não tem essa frescura. Essa papinha de nenêm, o "leite com pêra" pode ser legal pra alguns, mas acredito que não pra maioria. Estraga o ritmo, e no caso de Diary of the Dead, foi crucial.
Alguém precisa explicar pra ele também que não são só headbangers cheios de espinha com camisas do Iron (Maiden) e braceletes que assistem seus filmes. Leia-se: não tente enganar a platéia. Romero entende bem a inserção dos individuos sociais no mundo pós-midiático, sua relação intrínseca com os aparatos de captura audiovisual, mas mesmo assim não desconfia que as pessoas vão sacar a farsa dele? ingenuidade.
Me refiro a isso porque, em muitas cenas, câmeras fantasma filmam closes, pra fazer aquele clássico ping-pong de novela durante uma discussão entre os personagens; que a qualidade de imagem não tem nada a ver com as câmeras usadas pelos personagens; que as imagens supostamente captadas por câmeras de segurança, câmeras de celular, minicams etc, são na verdade e muito perceptivelmente, muito na cara pra qualquer pessoa, filmada com as câmeras profissionais e modificadas no After Effects. Acredito que teria um resultado mais sincero, e gastaria menos com computação gráfica, se fossem realmente filmadas com os respectivos aparatos.
Com isso, vejamos: o filme de Romero é um filme de Lost Tape, que é editado, tem trilha sonora, computação gráfica pra fingir (de vez em quando) qualidade de imagem ruim e/ou amadora (sendo que na maior parte do tempo a qualidade da imagem é muito boa) e, ao longo do filme, tem uma grande quantidade de cenas de câmeras fantasmas e até mesmo cenas filmadas com tripé?
é. e aí o filme derrapa.
(Outra pergunta que passa pela minha cabeça é: câmeras de segurança captam áudio? se sim, conseguem captar LÍMPIDAMENTE e com ótima altura o barulho dos passos de uma pessoa no quarto? se sim, me passa a marca dessa câmera!)

Falando de atuação, os dois filmes tem atuações realmente péssimas, mas por tudo o citado acima, isso se torna muito mais perceptível no filme de Romero. É triste a atuação. Em REC, quem salva muito é a personagem principal, que por ser o carro chefe, guia bem a situação.
Quanto à maquiagem, Romero sabe sempre escolher bem.
Mas alguém me diz... será que o diretor de REC roubou algum rolo de filme do Todd Browning?
shit, eu disse, sem mais spoilers!! rsrsrs

Pra fechar, vou tocar em um ponto que muitos fãs questionariam: e o combate "zumbis velozes vs. zumbis lerdos"? ao que eu respondo o seguinte...
No filme de Romero, os zumbis são muito lerdos e os personagens tem armas pra caralho, até arco e flecha tem. Isso fica até chato.
Em REC, os zumbis são atletas e ninguém tem arma nenhuma! aí é foda. isso é massacre.
Pra equilibrar, acho que é só as armas trocarem de filme! ;)
Pronto, resolvido.

Saul Mendez para o Gore Bahia 23.05.2008

19 de maio de 2008

Zumbis comeram meu Super Nintendo!



Quem não lembra desse clássico?? Tanto a galera do Mega Drive quanto a do SNES que curtia um bom cineminha de horror adorava jogar. São diversas citações em 48 fases (incluindo os bônus levels), que vão de Invasion of the Body Snatchers a An American Werewolf in London e até o Bzão super-divertido que o SBT mais passava no cinema em casa, Tremors.
Graças à tecnologia dos emuladores (até o Playstation Portable já vai começar a ter desfalque com o surgimento do Potemkin, primeiro emulador pra PSP), hoje todo mundo pode curtir o máximo desse jogo incrível. Muitas vezes a grande dificuldade era poder salvar em um local "a meio caminho" do final, com um bom life pra tentar a sorte, e os cartuchos não permitiam esse tipo de coisa. Voltar a fase desde o início era sempre como jogar os dados novamente ou renovar a mão no baralho.
Isso é interessante porque o que realmente vai agradar neste jogo é a diversão non-sense recheada de caracteristicas tão caras aos fãs do cinema de horror, feita de uma forma despretensiosa e com tão boa vontade que a impressão que temos é a de que um Peter Jackson dos games estava criando o seu Braindead.
Ainda sendo tão horrorshow, o jogo é tão simpático que agrada a todos (até não-fãs de horror) com o seu climão caricato e suas situações as mais variadas, trazendo de forma colorida um tempo remoto que muitos não vivemos mas vivenciamos de forma nostálgica (falariamos de uma nostalgia virtual? eu nunca vivi nos anos 50 - e seria hoje um velho decadente, considerando-se minha nerdice sedentária e nada saudável, mas mesmo assim, que saudade deles! lembrete: tenho que re-assistir Matinée), e enfim, fez um grande sucesso até com quem acha ridículo filmes com pessoas maquiadas de cadáver, batida de groselha e pedaços de borracha pendurados (eu me incluo na lista. Mas ridículo é tão melhor que dormir -tentando- assistir um filme iraniano...). Simplesmente façam o download da ROM e usem o Snes 9X pra rodar o jogo.
Simplesmente passaem tardes inteiras curtindo o jogo.
E depois vocês me dizem ;)
Stay Gore

Lista de Cheats (claro, vocês acham que eu não trapaceio? sou amoral mesmo! hahaha)

Level
Password
2
PHZB
4
XHRS
5
FHRX
6
PHRP
8
WBGR
9
NBGW
12
GFCY
13
FRCR
16
KKYM
17
RKYL
19
DBJK
20
BXBS
21
PXBG
24
GYLM
25
XYLZ
28
GLZJ
29
XLZG
32
XJQY
33
WJQK
36
KZVJ
37
BZVG
40
KRPY
41
BRPK
45
BLHR

Bonus levels:
BCDF, GYLM, e XDSJ

Créditos Finais:
XWJR

Fase Extra Cheerleaders vs. Monsters:
WBGR - O jogo inicia a partir da fase 9, e existem 10 vítimas a serem resgatadas ANTES da fase 12. se esse objetivo for alcançado, você jogará esta fase especial.

Mais em
http://www.gamewinners.com/snes/ZombiesAteMyNeighbors.htm
http://maniaczombies.com/

13 de maio de 2008

1982. Uma mesa redonda com duração de 26 minutos, liderada por Mick Garris (criador da série Masters of Horror), John Landis (An American Werewolf in London), David Cronenberg (Videodrome) e a lenda John Carpenter (The Thing).

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3: