"Alguns roteiristas destroem o trabalho original e o reconstroem para se encaixar em suas próprias necessidades cinematográficas. Não é um método que eu gosto de usar. Eu acedito que você deva se manter o mais fiel possível à fonte, respeitando a obra original"
ME: Muitas das adaptações de suas obras combinam diversas histórias em uma só narrativa. Você fez o mesmo em seu filme The Horror of Malformed Men. Existe uma certa dificuldade em traduzir o seu trabalho para as telas?
TI: Eu não diria que é difícil. Em The Horror of Malformed Men eu ampliei sua história The Human Chair por exemplo, que é originalmente bem curta. Como não dá pra transformar algo assim em um longa-metragem sem que acabe ficando chato, eu o combinei com outras histórias. Eu acho que este é o melhor procedimento para consegui-lo. Também, no meu caso, eu não tive muitas ocasiões de adaptar suas obras, então eu pensei em incluir o tanto quanto fosse possível delas sempre que tivesse a oportunidade. Existem muitas histórias maravilhosas dele que eu gostaria de adaptar, e muito poucas oportunidades para fazê-lo.
ME: Nos últimos anos você esteve trabalhando como produtor independente, em alguns momentos inclusive filmando seus filmes em vídeo. Você provavelmente tem que se virar de formas mais modestas do que no passado mas eu imagino que em troca você tenha conseguido bastante liberdade.
TI: Sim, isso é bem verdade. Um orçamento grande traz consigo suas limitações. Quando alguém me oferece muito dinheiro pra fazer um filme, eles também fazem muitas requisições. Então, mesmo que eu não tenha tanta grana para fazer filmes quanto ao que eu estava acostumado, eu estou muito feliz de estar trabalhando desta maneira agora.
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